Uma análise dos dados obtidos pela equipe da missão Double Asteroid Redirection Test (DART), que organizou um ataque de sonda espacial no asteroide Dimorphos, mostrou que os terráqueos conseguiram mudar a órbita de um corpo celeste.

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A mudança na órbita do asteroide Dimorphos usando a sonda DART

Este é um ponto de virada na história da defesa planetária, o experimento foi realizado com sucesso em condições reais em um corpo celeste bastante grande.

Antes do impacto no asteasteroideróide pela sonda DART, o período orbital de Dimorphos em torno do corpo maior, Didyma, era de 11 horas e 55 minutos. Desde o impacto em 26 de setembro, cientistas de todo o mundo vem acompanhando como a velocidade mudou.

Se originalmente foi planejado alterar o tempo de circulação em pelo menos 73 segundos, agora o período mudou em até 32 minutos — de 11 horas e 55 minutos para 11 horas e 23 minutos (com um erro de 2 minutos). Em outras palavras, a tarefa foi superada em mais de 25 vezes.

Novos dados estão chegando diariamente e, com o tempo, os astrônomos poderão avaliar melhor como exatamente a Terra pode ser protegida contra impactos de asteroides se objetos perigosos forem detectados com antecedência.

A equipe de pesquisa ainda está solicitando e recebendo dados de observatórios terrestres em todo o mundo, melhorando a precisão das medições.

Agora resta ver o quanto a missão DART foi ajudada pela liberação de fragmentos e poeira após o impacto. Acredita-se que ele aumentou significativamente o efeito do impacto – algo como o ar que escapa do balão o empurra para frente.

Para análise, os cientistas continuarão a estudar imagens do momento do impacto obtidas por instrumentos de observação de diferentes países e, em cerca de quatro anos, o projeto Hera da Agência Espacial Europeia planeja realizar uma “inspeção” detalhada do Dimorphos e seu satélite maior Didima. Atenção especial será dada à cratera deixada pelo impacto do DART e à medição precisa da massa de Dimorphos.

Vale a pena notar que nem Dimorph, nem Didim, segundo os cientistas, representam uma ameaça à Terra agora e não a representavam antes — o experimento foi realizado para fins científicos.

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