Desde que empresas de tecnologia como o Facebook (quando se renomeou Meta) começaram a descrever o metaverso como um mundo virtual 3D onde as pessoas se encontram usando avatares, as pessoas imediatamente começaram a compará-lo com videogames. O CEO da Microsoft esta semana parece ter se inclinado para a associação, sugerindo que a história da Microsoft em jogos ajudará suas ambições de metaverso.
O CEO da Microsoft, Satya Nadella, concedeu recentemente uma entrevista ao Financial Times (reeditado pela Ars Technica), na qual expôs o potencial do metaverso e suas semelhanças com os jogos. Ele chegou a dizer que os dois são essencialmente a mesma coisa.
“Você e eu estaremos sentados em uma mesa de sala de conferência em breve com nossos avatares ou nossos hologramas ou até superfícies 2D com áudio surround”, disse Nadella, refletindo sobre 20 anos do Xbox e as variadas franquias de jogos que a Microsoft produz, como Forza e Simulador de voo. “Adivinha? O lugar onde temos feito isso desde sempre… são os jogos.”
A versão beta do Metaverse Horizons Workrooms fornece um bom exemplo de como o metaverso pode ser.
Nadella então sugeriu que os planos da Microsoft envolvem tornar as ferramentas de construção de jogos mais amplamente disponíveis para aqueles que desejam construir no metaverso. Um exemplo que ele apresentou pode ser uma simulação digital de uma fábrica.
Nadella também acha que as gerações mais jovens, já acostumadas a usar avatares em jogos, se acostumarão mais facilmente ao uso de avatares para outros fins.
No restante da longa entrevista, Nadella abordou outros assuntos, como o que o futuro pode trazer para o trabalho remoto e uma internet na qual se pode navegar com uma única identidade consistente.
De acordo com relatórios recentes, as ambições do metaverso da Microsoft podem estar em apuros. A empresa cancelou uma versão mais recente do HoloLens, um acordo de realidade mista com a Samsung desmoronou e alguns funcionários dessa divisão saíram para ingressar na Meta.